Desenvolvimento Rural do Município de Cametá
Região: Baixo Tocantins, município de Cametá.
Público: Agricultores (as) Familiares, Agroextrativistas, extrativistas, Pescadores Artesanais, comunidades tradicionais do Município de Cametá.
Período: Inicialmente previsto para durar 4 anos (Março de 2000 até Fevereiro de 2004), o projeto foi prolongado até Novembro de 2004, ou seja uma duração total de 57 meses.
Financiador: União Européia- UE e Ongs francesas ESSOR e Vétérinaires Sans Frontières - VSF.
Metodologia: Baseou-se na realização no município de reuniões com as principais organizações rurais e lideranças e a realização de um diagnóstico que serviria de base para o desenvolvimento do projeto, a partir daí foi definido a dinâmica que consistia em inicialmente formar grupos de 20 a 30 agricultores e agricultoras que receberiam durante 18 meses dois dias por mês uma formação teórica e prática e que experimentariam inovações técnicas. Esta primeira fase é aproveitada para fazer emergir agricultores/as de referência para cada tipo de produção. Numa segunda fase, estes agricultores/as de referência ou multiplicadores/as recebem uma formação permanente que dura além dos 18 meses à razão de 2 ou 3 dias a cada 3 meses. Divulgam e multiplicam os conhecimentos e novas informações junto aos membros da comunidade e podem realizar a formação de novos grupos.
Principais Atividades:
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Apoio técnico e Formação Profissional Agrícola;
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Centro de formação agrícola: Casa Familiar Rural Produção e Comercialização;
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Transformação e Comercialização dos Produtos Agrícolas Educação em saúde e cidadania para as mulheres;
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Reforço das Organizações Locais;
Resultados:
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1.500 famílias rurais que melhoraram sensivelmente a sua saúde e a sua alimentação e aumentaram a sua renda de 37% em média;
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Implantação de 700 experimentos na área da produção implantados nos grupos de trabalho;
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Rede de agentes multiplicadores/as instaladas nas comunidades/grupos. Melhoria rápida das condições de vida, o projeto também teve um impacto psicológico e social importante contribuindo para revalorizar a profissão de agricultor/a, reforçando a dignidade, a auto-estima, à capacidade de inovar e de fazer frente aos novos;
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Reforçou também a capacidade destas famílias rurais de exercer a sua cidadania. As organizações camponesas instauradas ou apoiadas pelo projeto melhoraram imensamente a sua competência e a sua capacidade de gestão.